Seguir.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

De todo seu silêncio.

Fica mais gostoso se ler com este som:



O carro cruza a cidade deixando para trás todo o barulho da cidade, só o seu barulho podemos ouvir dentro do carro.
É ensurdecedor.
Aterrorizador.
Mas não você não está dizendo nada. Está em silêncio. Profundo.

Eu sei. Você sabe. Todo esse silêncio é uma confusão dentro de você. É uma briga de pensamentos malucos que não te deixam nem por um segundo.

Eu estou aqui ao seu lado. É como se pudesse ouvir cada questão sua...cada ponto de exclamação rodopiando sua cabeça.

Elas  estão girando em torno de mim agora, giram, rodopiam, como se estivessem num gira-gira colorido...eu tento agarra-lás, é inútil, neste parque eu não fui convidada a brincar. Eu simplesmente entrei. Eu brinquei. Eu cai. E eu estou em pé olhando meu brinquedo favorito. O joelho todo roxo.
A adrenalina ainda percorre meu sangue, em parte pela queda, em parte por saber que este brinquedo é perigoso.

Ofegante eu observo, estamos de volta ao carro naquele barulho gigantesco que faz ssua cabeça.

Você me dirige um olhar cúmplice e um sorriso fantástico, nós dois rimos, você esteve comigo no parque agora à pouco, nosso riso contagia todo o interior do automovel.

Nós chegamos ao destino, o barulho reduz, o carro reduz.

Na próxima viagem vou tentar agarrar as palavras dançantes da sua cabeça, por enquanto, nós só jantamos. Deliciosamente, nós só jantamos.

P.